PRA QUE VIVER MUITO SE FOR PRA
VIVER POUCO ESTE MUITO?
Leo Dalledone
Em nove dias estreamos o novo
SATYRICON DELÍRIO no Teatro José Maria Santos, naqueles exercícios de sabe Deus
o quê, mas de amor ao ofício, que é, entre outras mil coisas, fazer seis
apresentações às 13 horas, sabendo que o público curitibano não é chegado a ir
ao teatro no meio da semana nesse horário. Mas normal, não é no mundo todo. Por
isso é que é exercício de sabe Deus o quê! Mas a estreia e as apresentações são
o futuro e o futuro é o quê? Nada! O que importa mesmo é o dia de hoje, no caso
o ensaio deste sábado, quando ensaiar é viver e emocionar-se com coisas que
nunca imaginaria ser possíveis ainda na minha vida de surpreso comigo mesmo e
com os atores. Essa experiência de chanchada, teatro de revista, farsa burlesca,
antropofagia, crítica social e desavergonhamento total é uma das coisas mais
deliciosas que a vida pode oferecer. E digo a vida, porque em determinados
momentos a vida é o teatro. No ensaio de hoje, aconteceu o TEATRO! Atores foram
ATORES e o mistério se fez presente com seus delírios e encantamentos; com sua
mágica e suas experiência humana e infinita. Alguns atores eram tão humanamente
teatrais que quase GRITEI de emoção e só não o fiz porque é tanto trabalho que as
coisas tinham que seguir sem interrupções de um diretor deslumbrado! Foi
humanamente lindo, humanamente artístico, humanamente descarado, humanamente
violento e humanamente despudorado! Eu tenho certeza de que a experiência viva
deste sábado vai contaminar todo mundo e faremos um espetáculo de teatro que
vai respirar vida, paixão e arte. Então que encerro o post de hoje com uma fala
que na boca do Johnny quer dizer da indignação do artista em meio à bandalheira
da vida:
- Pois é, vou falar mais do que já falei e menos do que gosto, porque falar
liberta! Acreditem! Liberta! Mas claro, liberdade é coisa pra gente que não tem
medo! Por exemplo, muitos inteligentes já falaram com engenho e arte das
imposturas de certos pastores espertinhos que inundam o mundo com merdas
espalhando o ódio e não o amor unicamente por causa de dinheiro. Tornam
públicos mistérios que desconhecem. Mas quem ouve? Ao invés de mandar estes
caras tomarem no cu, multidões ajoelham-se diante deles como cordeirinhos e
estremecem quando eles gritam a plenos pulmões: “O meu Júpiter, etc e tal!” Meu
Júpiter o caralho! Júpiter é de todo mundo, porra! Aliás, o mundo cada vez fica
mais entupido de bestalhões que adoram ouvir que devemos temer a Júpiter ao
invés de amar a Júpiter! Júpiter adora o sexo livre e as imperfeições humanas!
Júpiter é mara! Júpiter é o cara! -
DIA 01 DE ABRIL ESTAREMOS NO TEATRO JOSÉ MARIA SANTOS, MANDANDO BALA!!!
Robysom Souza, Filipe Dassie e Verônica Rodrigues
Gabriel Comicholi e Lucas Buzato
Filipe Dassie e Verônica Rodrigues
Fotos do ensaio do dia 21 - sexta-feira - feitas pelo Chico Nogueira
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