"O meu país é a utopia. Um mapa do mundo que não compreenda o país da Utopia não merece nem mesmo um olhar, pois ignora o único país ao qual a humanidade continuamente chega. E quando a humanidade lá atraca, fica alerta, e levanta novamente as âncoras ao vislumbrar uma terra melhor."- Oscar Wilde

SATYRICON DELÍRIO - Pra que viver muito se for pra viver pouco este muito?

PRA QUE VIVER MUITO SE FOR PRA VIVER POUCO ESTE MUITO?

Leo Dalledone

Em nove dias estreamos o novo SATYRICON DELÍRIO no Teatro José Maria Santos, naqueles exercícios de sabe Deus o quê, mas de amor ao ofício, que é, entre outras mil coisas, fazer seis apresentações às 13 horas, sabendo que o público curitibano não é chegado a ir ao teatro no meio da semana nesse horário. Mas normal, não é no mundo todo. Por isso é que é exercício de sabe Deus o quê! Mas a estreia e as apresentações são o futuro e o futuro é o quê? Nada! O que importa mesmo é o dia de hoje, no caso o ensaio deste sábado, quando ensaiar é viver e emocionar-se com coisas que nunca imaginaria ser possíveis ainda na minha vida de surpreso comigo mesmo e com os atores. Essa experiência de chanchada, teatro de revista, farsa burlesca, antropofagia, crítica social e desavergonhamento total é uma das coisas mais deliciosas que a vida pode oferecer. E digo a vida, porque em determinados momentos a vida é o teatro. No ensaio de hoje, aconteceu o TEATRO! Atores foram ATORES e o mistério se fez presente com seus delírios e encantamentos; com sua mágica e suas experiência humana e infinita. Alguns atores eram tão humanamente teatrais que quase GRITEI de emoção e só não o fiz porque é tanto trabalho que as coisas tinham que seguir sem interrupções de um diretor deslumbrado! Foi humanamente lindo, humanamente artístico, humanamente descarado, humanamente violento e humanamente despudorado! Eu tenho certeza de que a experiência viva deste sábado vai contaminar todo mundo e faremos um espetáculo de teatro que vai respirar vida, paixão e arte. Então que encerro o post de hoje com uma fala que na boca do Johnny quer dizer da indignação do artista em meio à bandalheira da vida:
- Pois é, vou falar mais do que já falei e menos do que gosto, porque falar liberta! Acreditem! Liberta! Mas claro, liberdade é coisa pra gente que não tem medo! Por exemplo, muitos inteligentes já falaram com engenho e arte das imposturas de certos pastores espertinhos que inundam o mundo com merdas espalhando o ódio e não o amor unicamente por causa de dinheiro. Tornam públicos mistérios que desconhecem. Mas quem ouve? Ao invés de mandar estes caras tomarem no cu, multidões ajoelham-se diante deles como cordeirinhos e estremecem quando eles gritam a plenos pulmões: “O meu Júpiter, etc e tal!” Meu Júpiter o caralho! Júpiter é de todo mundo, porra! Aliás, o mundo cada vez fica mais entupido de bestalhões que adoram ouvir que devemos temer a Júpiter ao invés de amar a Júpiter! Júpiter adora o sexo livre e as imperfeições humanas! Júpiter é mara! Júpiter é o cara! -


DIA 01 DE ABRIL ESTAREMOS NO TEATRO JOSÉ MARIA SANTOS, MANDANDO BALA!!!

Robysom Souza, Filipe Dassie e Verônica Rodrigues

Gabriel Comicholi e Lucas Buzato

Filipe Dassie e Verônica Rodrigues


Fotos do ensaio do dia 21 - sexta-feira - feitas pelo Chico Nogueira

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