Em 1987, PAULO LEMINSKI
traduziu SATYRICON de Petrônio, diretamente do latim. Uma tradução que ele
justifica assim: “Entre trair Petrônio e trair os vivos, escolhi trair os dois,
único modo de não trair ninguém”. Uma tradução genial, de um “romance jovem de
quase dois mil anos de idade!”
(Fotos do ensaio do dia 7 de março)
“O SATYRICON fala a linguagem
do baixo-ventre, sob o signo da orgia, da bacanal, da embriaguez, de Dionísio,
da confusão carnavalesca de todos os apetites.”
“SATYRICON é a devoração do
mundo, a elefantíase do desejo e da gula.”
“O SATYRICON é todo percorrido
por alusões ao ato de cagar, vomitar, mijar.”
“Comer, cagar: o SATYRICON come
e caga. Como todo ser vivo.”
“... em SATYRICON tem-se um
apetite universal, absoluto, até o limite da fome. Bebe-se vinho em quantidades
inverossímeis.”
“Quem nunca leu Petrônio não
conhece as delícias do latim, o sumo, o suco, o tutano, o perfume desse latim
ágil, vivo, vulgar, malandro, espertíssimo, único.”
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