"O meu país é a utopia. Um mapa do mundo que não compreenda o país da Utopia não merece nem mesmo um olhar, pois ignora o único país ao qual a humanidade continuamente chega. E quando a humanidade lá atraca, fica alerta, e levanta novamente as âncoras ao vislumbrar uma terra melhor."- Oscar Wilde

SATYRICON DELÍRIO - Por Paulo Leminski

Em 1987, PAULO LEMINSKI traduziu SATYRICON de Petrônio, diretamente do latim. Uma tradução que ele justifica assim: “Entre trair Petrônio e trair os vivos, escolhi trair os dois, único modo de não trair ninguém”. Uma tradução genial, de um “romance jovem de quase dois mil anos de idade!”

(Fotos do ensaio do dia 7 de março)

 “O SATYRICON fala a linguagem do baixo-ventre, sob o signo da orgia, da bacanal, da embriaguez, de Dionísio, da confusão carnavalesca de todos os apetites.”

“SATYRICON é a devoração do mundo, a elefantíase do desejo e da gula.”

“O SATYRICON é todo percorrido por alusões ao ato de cagar, vomitar, mijar.”

“Comer, cagar: o SATYRICON come e caga. Como todo ser vivo.”

“... em SATYRICON tem-se um apetite universal, absoluto, até o limite da fome. Bebe-se vinho em quantidades inverossímeis.”

“Quem nunca leu Petrônio não conhece as delícias do latim, o sumo, o suco, o tutano, o perfume desse latim ágil, vivo, vulgar, malandro, espertíssimo, único.”

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