"O meu país é a utopia. Um mapa do mundo que não compreenda o país da Utopia não merece nem mesmo um olhar, pois ignora o único país ao qual a humanidade continuamente chega. E quando a humanidade lá atraca, fica alerta, e levanta novamente as âncoras ao vislumbrar uma terra melhor."- Oscar Wilde

SATYRICON DELÍRIO - O oitavo passo para a Oficina I

IMAGINAÇÃO

“Opte por aquilo que faz o seu coração vibrar... Apesar de todas as consequências...”- Osho

Maurício Vogue e Regina Vogue em SATYRICON DELÍRIO - 2012

"Negada, a imaginação se torna muito vingativa; negada, ela se torna um pesadelo; negada, ela se torna destrutiva. Fora isso, ela é muito criativa. Ela é criatividade e nada mais. Porém, se você negá-la, se não admiti-la, começará um conflito entre sua própria criatividade e você mesmo, e você perderá.
A ciência nunca poderá ganhar da arte; a lógica nunca poderá ganhar do amor; a história nunca poderá ganhar do mito; e a realidade, comparada com os sonhos, é pobre, muito pobre. Assim, se você carrega alguma idéia contra a imaginação, abandone-a, porque todos nós a carregamos – esta época é muito contrária à imaginação. Ensinaram as pessoas a serem factuais, realistas, empíricas e todos os tipos de tolices. As pessoas deveriam ser mais sonhadoras, mais inocentes, mais extasiadas. Elas deveriam ser capazes de criar euforia, e somente através disso você alcançará sua fonte original.
Deus deve ser uma pessoa imensamente imaginativa. Olhe para o mundo! Seja lá quem for que o tenha criado ou sonhado, deve ser um grande sonhador... tantas cores e tantas canções... A existência toda é um arco-íris; ele deve ter vindo de uma profunda imaginação." - Osho

SATYRICON DELÍRIO - O sétimo passo para a Oficina I

O Verdadeiro sentido da liberdade que o Teatro pode proporcionar… (Parte 2)

"Eu não te prometi que você ia ser mais feliz, mas sim que você ia sentir mais.” - Wilhelm Reich 

Estreia de SATYRICON DELÍRIO no Festival de Curitiba/2012 - Belo momento...!

Bendito aquele que deixa de ser ele mesmo quando faz teatro, que se permite o nada, que se entrega ao que realmente é perigoso e que faz da generosidade qualquer das relações que o palco peça; porque será um agente da transformação. Um sucessor de Artaud, Brecht, Shakespeare, Lorca, Tchecov e tantos outros. E receberá o vento como herança. Porque é no vento que se vive a liberdade. Claro, para quem a almeja. A extensa humanidade ama a prisão e o medo; e é por isso que a cada dia surge um novo fascista ou ditador subindo nos palanques e fazendo dela, a humanidade, um cordeirinho mimado, mudo, bem alimentado e inútil. Temos medo da liberdade e é por isso que matamos nossos amigos e mimamos nossos inimigos; é por isso que deitamos por terra as melhores ideias e transformamos beleza em perversão. Já se disse que temos todos um lobo e um cão dentro de nós e, quem deles prevalece? Aquele que alimentamos. Felizes aqueles que tiram das maiores experiências, as maiores alegrias e percebem que a transformação é a alegria; e iludidos e infelizes aqueles que, das grandes experiências, levam como herança a frustração e o nada, porque o nosso Zé Ninguém tenta sempre reduzir tudo ao mínimo denominador comum. Fica aqui o pensamento do grande Fernando Pessoa, como uma reflexão que, obviamente, só serve aos livres. Os egocêntricos vão lê-la e abrir um sorriso sarcástico no canto da boca. Como disse Reich, “o sarcasmo dos escravos”: "A decadência é a perda total da inconsciência; porque a inconsciência é o fundamento da vida. O coração, se pudesse pensar, pararia. - "Livro do Desassossego". 

SATYRICON DELÍRIO - O sexto passo para a Oficina I

O Verdadeiro sentido da liberdade que o Teatro pode proporcionar… (Parte 1)

“Você conhece Hitler melhor do que Nietzsche, Napoleão melhor do que Pestalozzi. Um rei significa mais para você do que Sigmund Freud."- Wilhelm Reich

Guilherme Fernandes e Gustavo Henrique em "Satyricon Delírio"- 2012

Somos prisioneiros de nossos sonhos, de nossas obsessões, de nossos medos, de nossos preconceitos e até da imagem que forjamos de nós mesmos. À medida que o tempo segue isso tudo passa a pertencer à nossa personalidade de tal forma que não conseguimos mais distinguir o que compramos como nosso e o que é nosso mesmo. Defendemos nossos medos como se fosse um ato de coragem. Defendemos nossos preconceitos como se isso fosse uma característica humana, defendemos nossas obsessões como se elas fossem a verdade da vida e corremos atrás de nossos sonhos como se o universo tivesse a obrigação de realizá-los a despeito, inclusive, dos sonhos alheios. No fundo estamos sozinhos com nossos egos e desconhecemos a liberdade que o teatro pode proporcionar a quem o faz e a quem o assiste. No fundo, como meros burgueses envolvidos pela inércia da nossa própria mediocridade, somos incapazes da transformação; daí que o medo, a obsessão e os preconceitos, nunca nos abandonarão, porque são as características que mais amamos em nós mesmos. E quando nos vendemos como achamos que somos, por incrível que pareça, somos comprados exatamente por isso e - suprema contradição - sempre nos imaginamos sendo comprados por um preço muito baixo. Valemos mais. Mas o que em nós vale mais? Nosso ego gigantesco? Nossa inteligência? Nossa beleza? Nossa individualidade? O conhecimento acumulado? Se buscássemos a verdadeira liberdade que qualquer teatro, de Sófocles a Shakespeare, de Tchecov a Beckett, de Arrabal a Fassbinder, ou até de um (para ser contemporâneo) Will Eno para um Bernard Marie-Koltés; o que venderíamos não teria preço e se nos vendêssemos por um dólar ou um milhão, ainda assim seria nada, diante da liberdade que experimentaríamos e a que daríamos aos outros. Porque fazer teatro é dar, ao contrario de fazer comércio, que é receber. Porque ser um artista de verdade é dar e ser um vendedor de qualquer coisa é receber. E se o que temos para oferecer é arte, nenhum valor pode pagar, porque simplesmente não somos nada. E se o que temos para oferecer é nosso ego, o preço é muito óbvio e sempre teremos mais a perder do que ganhar; porque sempre acharemos que nosso preço é mais alto e sempre estaremos descontentes; como qualquer consumidor, impressionado com a propaganda que faz de si mesmo. Desconhecer o caráter libertador do teatro é reduzir ao mínimo nosso potencial artístico. E é por isso que, na impossibilidade de aprofundarmos nossa relação com a verdadeira liberdade, quase sempre deixamos de fazer arte para viver (por uma remuneração que achamos justa ou injusta) de qualquer outra coisa que pareça estar sendo arte, mas que é apenas trabalho remunerado, e por mais digno que seja do ponto da vista da relação trabalhador/trabalho/remuneração, nunca será nada, nem sequer parecida com arte. E é por isso que precisamos entender o sentido libertador do teatro e, quando nos dedicamos a vivê-lo, temos que buscar o novo, a transformação, o não experimentado. E nessa nova experiência tem que estar incluída a nossa relação com a arte, com o público e com o outro. Se ao buscarmos a transformação o máximo que conseguirmos é retornar cordeiramente ao nosso espelho, estaremos sendo mais conservadores, reacionários e medíocres do que éramos antes da experiência. E a aventura se terá reduzido à prisão; mesmo que nosso ego, agora ainda mais inflado pela superestima da resistência, nos diga a cada segundo que vencemos, que somos poderosos, incríveis, excepcionais e intocáveis. (continua...)

SATYRICON DELÍRIO – Um quinto passo para a Oficina I

AQUECENDO OS SENTIMENTOS... (5)

“À medida que a pessoa se abre mais em relação a seus sentimentos, menos necessidade existe de se guardar das coisas ameaçadoras do mundo.”

Evandro Santiago e Maurício Vogue em "Satiricon Delírio"- 2012

A maneira pela qual cada um de nós percebe o mundo – com qualquer um dos sentidos – varia, mas não varia tanto quanto a maneira pela qual o mundo faz sentido. Este processo de integrar o mundo ao nosso próprio estilo é um processo mental básico. E é também o processo criativo.
Nossos sentimentos são nossa reação ao que percebemos através dos sentidos e podem modelar nossa reação ao que experimentaremos no futuro. A pessoa que carrega consigo muita raiva não apaziguada, por exemplo, provavelmente achará o mundo que encontra também raivoso e, assim, justifica e perpetua seu próprio sentimento de raiva.
Isto sugere que em grande parte o mundo é criação da gente mesmo. Quando a pessoa assume a responsabilidade por seus sentimentos, assume também a responsabilidade por seu mundo. COMPREENDER OS PRÓPRIOS SENTIMENTOS é a chave para o domínio de nós mesmos, para achar a verdadeira independência, que é atingir o único poder real e digno de se ter. Se cada pessoa aceitasse a responsabilidade de por em ordem seu próprio mundo emocional, o mundo como um todo poderia também tornar-se mais real, mais harmonioso e, talvez, mais pacífico.

David Viscott

SATYRICON DELÍRIO – Quarto passo para a Oficina I

AQUECENDO OS SENTIMENTOS... (4)

“Sinto, logo sou.”

Guilherme Fernandes e Regina Vogue em "Satiricon Delírio" - 2012

Nossos sentimentos são nosso sexto sentido, o sentido que interpreta, organiza, dirige e resume os outros cinco. Os sentimentos nos dizem se o que estamos experimentando é ameaçador, doloroso, lamentável, triste ou alegre. Os sentimentos podem ser descritos e explicados de maneiras simples e diretas. Não há nada de místico ou mágico sobre eles. Os sentimentos formam uma linguagem bem própria. Quando os sentimentos falam, somos compelidos a ouvir – e às vezes a agir – mesmo que nem sempre compreendamos o por quê. Não estar consciente dos sentimentos de alguém, não compreendê-los ou não saber como usá-los ou expressá-los é pior do que ser cego, surdo ou paralítico. NÃO SENTIR É NÃO VIVER. Mais do que qualquer outra coisa, os sentimentos nos tornam humanos. Os sentimentos nos tornam todos parentes uns dos outros.
Os sentimentos são nossa reação ao que percebemos e, por sua vez, eles colorem e definem nossa percepção do mundo. Na verdade, OS SENTIMENTOS SÃO O MUNDO EM QUE VIVEMOS. Pelo fato de tanto do que sabemos depender de nossos sentimentos, ficando à mercê das ondas, em sentimentos confusos ou indistintamente percebidos, somos esmagados por um mundo confuso.
...
A LINGUAGEM DOS SENTIMENTOS é a maneira pela qual nos relacionamos conosco mesmos, e se não podemos nos comunicar conosco mesmos, simplesmente não podemos nos comunicar com os outros.

David Viscott

SATYRICON DELÍRIO NO FESTIVAL DE CURITIBA

Confirmadas as datas e horários das apresentações



TEATRO JOSÉ MARIA SANTOS

Dia 01 de Abril (Terça-Feira) – 13 horas
Dia 02 de Abril (Quarta-Feira) – 13 horas
Dia 03 de Abril (Quinta-Feira) – 13 horas
Dia 04 de Abril (Sexta-Feira) – 13 horas
Dia 05 de Abril (Sábado) – 13 horas
Dia 06 de Abril (Domingo) – 13 horas

SATYRICON DELÍRIO - Terceiro passo para a Oficina I

AQUECENDO OS SENTIMENTOS... (3)

AMOR E ARTE - As coisas só são eternas dentro de nós e enquanto as amamos. Todo o resto é ilusão. E, de todas as ilusões, a mais eterna e a que mais dá sentido à vida, apesar do tempo, é a arte. E depois dela o amor, que é tão ilusório e efêmero quanto o tempo.

Elder Gattely interpretando Gregor Samsa em "Metamorphosis", de Kafka - Direção e adaptação Edson Bueno - 2005 -

Joseph Campbell não titubeou quando disse que os XAMÃS do nosso tempo são os artistas. Que as ações dos artistas, quando ousadas, não importa em que contexto aconteçam, e, conforme elas possa ser, mais ou menos, rompem a “barreira do tempo ilusório”e recriam a vida, além de dar a ela mais cor, emoção, sentido e originalidade. E não podemos dizer isso aos atores, aqueles que, pelo menos pra mim, são o começo, o meio e o fim do teatro? Por que tanto medo? Por que tanta vaidade? Por que tanto espírito competitivo, por que associar, por exemplo, “fazer teatro” com “vencer na vida”? Por que preocupar-se com a vida civilizada e estabelecida que vivemos por consequência, se podemos, no teatro, viver uma outra que não precisa ter absolutamente nada daquela. Temos o direito, temos o poder, e só precisamos desejar! Como é feliz o ator, esse ser que tem a arte morando em seu corpo vivo! Então que o espírito mágico e misterioso do ritual pode, sim, acontecer em meio à felicidade, à irreverência e o prazer. E por quê? Oras, justamente porque são simples e naturais; pelo menos para os artistas. E alguém pode perguntar: “Mas então os artistas são especiais?” E eu respondo sem titubear: “Não! Não são especiais. São artistas.” E o ator que é o artista e a arte ao mesmo tempo? Quando você olhar para cada milimétrico pedaço do seu corpo e perceber que ele é arte, além da banalidade ou da vulgaridade ou da efemeridade da vida, vai sentir-se capaz de subir ao palco e interpretar, não apenas um personagem, mas um espetáculo, uma ideia, uma linguagem ou até uma história. Como um XAMÃ vai invocar espíritos e inventar mundos, estabelecer mistérios e iluminar pessoas. É isso... por enquanto... (Continua...)

SATYRICON DELÍRIO – Um segundo passo para a Oficina I

AQUECENDO OS SENTIMENTOS... (2)

“Para mim, atuar é uma exploração em constante evolução, em vez de uma progressão em direção a um objetivo final.”- Harold Guskin

“Ninguém sobe no palco para se esconder.”- Fernanda Montenegro

Edson Bueno no espetáculo "A Venus das Peles", adaptação de Sacher Masock por Pagu Leal

Em nossos tempos de total diversidade de opções para o ator na cena, quando tudo é absolutamente possível desde que seja sincero e verdadeiro, uma pergunta que sempre aparece do nada é esta santa complexidade: “Eu tenho que criar um personagem ou tenho que ser eu mesmo, ou ainda, quem sou eu em cena?” Ufa! Haja cuidado para responder sem ser irresponsável! Bem, Eu penso que é tudo e tudo mais! E acredito que o ator tem que ter alguns objetivos que ao invés de serem fins, são meios. Pra começo de conversa quando vamos começar um ensaio, a primeira coisa que temos que ter em mente é que não temos um personagem pela frente, mas um espetáculo! Interpretamos um espetáculo, uma proposta, uma ideia, uma linguagem, uma opção artística ou até uma história, se for o caso. É por aí que começamos a pensar como atores! E é justamente neste aspecto que aparecem dois tipos de bons atores, que mesmo trabalhando com a intuição, podem determinar um resultado satisfatório ou não, conforme a opção. Seja ela consciente ou inconsciente. O primeiro caso, equivocado eu diria, é aquele sujeito criativo, elaborador, pesquisador, cuidadoso, disciplinado e trabalhador, mas que vai construindo um ser para estar em cena e que estará sempre a serviço dele próprio. Toda a criação estará a serviço do ego, do brilho, da exposição, da presença. Então tudo à sua volta terá que moldar-se às suas necessidades e todo trabalho estará voltado para que a plateia olhe para ele e o admire, seja para o feio ou para o bonito. Há neste ator uma beleza cênica indiscutível e ele, realmente, constrói um estado de interpretação que, quase sempre, encanta os olhos. Há criação, há construção, há disponibilidade, mas alguma coisa não acontece e um vazio se estabelece entre ele e o espetáculo. Um vazio imperceptível de prima e que parece desnecessário. Mas o fato é que ele está lá e esse ator parece se deslocar do todo sem que seja um elemento positivo do espetáculo, mas um adendo, interessante de se ver, porém desnecessário e em casos mais graves, complicador. O espetáculo não acontece nem avança quando ele está em cena fazendo ou falando. Ele não é um ator, é um ruído. (continua...)

SATYRICON DELÍRIO - Para dar um primeiro passo na Oficina I

AQUECENDO OS SENTIMENTOS… (1)

“Atravessar a vida com o coração encarcerado é como fazer uma viagem transoceânica trancado no porão de um navio. Todo o significado, a aventura, a excitação e a glória de viver estão longe de poderem ser vistos e tocados.”- Alexander Lowen

Mauricio Vogue e Guilherme Fernandes na primeira montagem de SATYRICON DELÍRIO - Puro delírio! Dionísio na veia!

Há tanta profundidade e tantas camadas de interpretação nesta simples frase de Lowen (discípulo de Wilhelm Reich) que talvez o melhor fosse deixá-la consiga mesma e que ressoasse dentro de cada um como fosse permitido. Fato é que se o mistério esquizofrênico de estar em cena é sempre um exercício de especulação, também é impossível negar que certos atores experimentam-no com exuberância e glória. Como isso? Oras, se as camadas da interpretação são muitas e todas têm que ser bravamente enfrentadas e decodificadas para que a experiência cênica seja viva e intensa, também é preciso aceitar o desafio e encará-las de frente. Gosto de começar pensando que, antes de mais nada, é preciso encarar Sócrates e seu “conhece-te a ti mesmo”. Ok. Isso é quase impossível em 100%, mas não é impossível, além do óbvio, com um mínimo de humildade. Quem sou eu? Por que faço isso ou aquilo dessa ou daquela maneira? Por que gosto disso assim e não assado? E etc!  Grande parte dos atores não sabem nem porque querem ser atores! Afinal, antes de mais nada, é preciso experimentar o exercício de ser você mesmo, depois o exercício de ser você mesmo com o outro. Numa terceira etapa acrescenta-se o todo do espetáculo, que já é um universo inimaginável de pessoas, situações e técnicas (incluindo aí sonoplastia, iluminação figurinos, cenários, etc.). E finalmente tudo isso mais o público! Quatro etapas que precisam ser vivenciadas em sua integridade! E ao mesmo tempo! No instante em que você, ator, se desconcentra de uma delas, rompe-se a magia da sensibilidade e acontece o buraco negro. Nem o ator, às vezes, percebe, mas foi-se a coisa! E nesses 30 anos de teatro, quando trabalhei com mais de 250 atores, percebi que na sua grande maioria, mal conseguem atingir 40% da primeira etapa, aquela do Sócrates! Das outras três não fazem, nem nunca fizeram a menor ideia! A grande maioria deles por puro medo, por defesa ou por falta de coragem de abrir-se para o outro. Não saem da casca e não sabem por quê! E se satisfazem em ser papagaios repetindo textos, marcas e orientações externas. Nem todo mundo que dança é bailarino, nem todo mundo que pinta um quadro é um artista plástico, nem todo mundo que sobe no palco e anda e fala é ator! Também é uma questão de ambição. A ambição de conhecer-se e a ambição de ser artista! Há, sim, uma técnica! Uma não, muitas! E é pensando nela que subo um degrau e penso na segunda parte dessa aventura de ser ator: a divisão em dois tipos de treinamento, um não menos importante que o outro. Complementares por conta própria. É preciso aquecer o corpo; e é preciso aquecer os sentimentos. (Continua...)

04 (QUATRO) VAGAS – OFICINA AUDIÇÃO PARA “SATYRICON DELÍRIO” E OUTRAS LOUCURAS/PESQUISAS ARTÍSTICAS!

O período NOTURNO está com sua lotação absolutamente esgotada, mas restam ainda 04 (quatro) vagas para o período DIURNO – 13h30 até 15h30.



01. Data da oficina: De 03 a 21 de fevereiro de 2014.
02. Tempo de duração: de segunda-feira à sexta-feira das 13h30 às 17h30.
03. Local: Casa do Damaceno – Rua 13 de Maio 991 – Curitiba. Pr.
04: Total de horas da oficina: 60 horas.
05: Conteúdo programático da Oficina I (Satyricon Delírio): Como se trata de oficina audição, todos os exercícios, experimentações e pesquisas serão direcionados para o espetáculo. A oficina envolve teoria e prática. A literatura de Petronio e suas traduções, o teatro da espontaneidade, pontos de energia, (des) construção da dramaturgia e do personagem, conceitos de concentração, presença, ritmo, dramaturgia da interpretação, voz e sensibilidade. O corpo como reflexo do ator em sua integridade. Tempo e espaço interferindo na presença cênica. Pontos de concentração e as quatro âncoras da atitude cênica: o ator, o ator e o outro, o ator e o espetáculo, o ator e o público. A verdade cênica e os conceitos contemporâneos de fé cênica e memória emotiva. O ator livre, artista, cidadão e criador.
06. Da oficina serão escolhidos 10 (dez) atores para participar da remontagem do espetáculo SATYRICON DELÍRIO.
07. Aos atores que não forem escolhidos, se quiserem aprofundar o aprendizado e a pesquisa da oficina, haverá uma continuidade (Oficina II: Investigação Sobre o Teatro) por mais três meses (março, abril e maio) para a encenação de um novo espetáculo para o mês de Junho de 2014, com dramaturgia sendo desenvolvida dentro da própria oficina. Esta segunda fase contará com 48 (quarenta e oito) horas mensais distribuídas em 03 (três) encontros semanais de 04 (quatro) horas cada. No total a Oficina II contará com 144 (cento e quarenta e quatro horas) e todos os participantes farão parte do novo espetáculo.
08. Os participantes da oficina terão que ser necessariamente maiores de 18 (anos) e não precisam ter DRT, mas devem ter conhecimentos e alguma experiência prévia com as Artes Cênicas.
09. Preço da Oficina I: R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais).
10. As mensalidades da Oficina II serão acertadas ao final da Oficina I.
10. As inscrições deverão ser feitas no e-mail – grupodelirio_producao@hotmail.com.br
– informando:
a. Nome -
b. RG -
c. Data de nascimento -

11. Maiores informações pelos telefones (41) 84068187 e (41) 96931776.

O Maior Diretor de Teatro de Todos os Tempos!!!


Estreia dia 31 nos EUA, o documentário PETER BROOK: THE TIGHTROPE, de Simon Brook. Um crítico escreveu algo óbvio, mas significativo: "Filmado com cinco câmeras escondidas, The Tightrope é uma imersão total no processo criativo do lendário diretor de teatro Peter Brook, um registro poderoso, íntimo e emocionante. Neste filme único e profundamente pessoal, temos um vislumbre vertiginoso dos caminhos que levaram Peter Brook à excelência de sua arte e uma ideia do que é preciso para fazer teatro de verdade..."

SATYRICON DELÍRIO - Ainda Zé Celso...


"A erradicação da miséria se dá juntamente com a erradicação da miséria cultural. Mais do que a educação. Porque a educação pode se propagar e formar uma série de indivíduos voltados para o mercado e que não vão saber de si. Não vão saber o que tem na frente do nariz. Não são criadores. Já o teatro é uma universidade... é a coisa que mais forma o indivíduo em contato com o outro, com o coletivo. O teatro é a catarse, você sai diferente do que entrou. Só a cultura propicia a possibilidade de sonhar, de imaginar, de criticar, de saber de si mesmo, de saber do seu corpo, de saber da natureza. A cultura,  e não a macroeconomia, é a infraestrutura da vida, a energia propulsora. A macroeconomia está fazendo mal à humanidade. Quando o indivíduo, por meio da cultura, desperta para a autopercepção de que é livre, na hora ele sai da miséria. Porque tem muita gente que tem dinheiro e está na miséria, humanamente falando. Não sabe de si, está perdida. Aí vai para o crack, para o consumo, para essa bobagem de celebridade."- Zé Celso Martinez Correa .

SATYRICON DELÍRIO - Um Satyricon escondido e esquecido!


Em 1968 o diretor Gian Luigi Polidoro também filmou SATYRICON de Petrônio. Tinha no elenco o maravilhoso e mítico ator Ugo Tognazzi interpretando Trimalcião. Polidoro registrou o nome e portanto Fellini não poderia utilizá-lo. Este foi até os tribunais, mas perdeu e por isso o filme intitulou-se FELLINI SATYRICON. A United Artists pagou mais de um milhão de dólares para ter os direitos da distribuição do filme de Polidoro. Tendo os direitos em mãos, travou a sua distribuição até que o filme de Fellini fosse lançado e alcançasse a repercussão que teve. O filme de Polidoro caiu no esquecimento, mesmo depois de ter sido lançado obscuramente com o título de OS DEGENERADOS. Aconteceu ainda um acontecimento polêmico protagonizado por Federico Fellini. Quando lhe perguntaram porque nos dois filmes os papéis principais são interpretados por atores estrangeiros e não italianos, Fellini teria dito: “Porque não existem italianos homossexuais.” -


SATYRICON DELÍRIO - Ainda Fellini...

Giton num desenho de Federico Fellini



“Luxo, luxúria, murcham os muros de Roma.
Pavões nascem nos jardins dos palácios,
Senhores envoltos em sedas da Ásia.
Aves exóticas da Numídia e da Índia.
Íbis, lânguidas, lúbricas, peregrinas,
A infâmia fez ninho em ter nós.
Mas nós nos comprazemos em pérolas e safiras.
E as matronas buscam seu prazer adúltero,
Sob o beneplácito dos maridos.
A esmeralda brilha mais que o vidro verde.
De que vale a opala, o ônix e a ametista,
Se o ancestral pudor perdeu sua luz?
Para que vestir as noivas com um manto de seda?
Melhor mostrá-las nuas para o rol dos candidatos.”

Satyricon - Petrônio

Giton (Max Born) do filme de Fellini

SATYRICON DELÍRIO - Uma viagem transoceânica...!


Johnny Leal me perguntou hoje se eu estava ansioso para a Oficina que vai começar dia 3 de fevereiro. Respondi sem pestanejar: “Eu? Não. Quero apenas dar a melhor Oficina da minha vida!” Dia desses estava assistindo ao maravilhoso documentário “Evoé”, sobre aquele que é para mim o maior nome do teatro brasileiro, Zé Celso Martinez Correa, e ele falava com a boca cheia: “A coisa que eu mais respeito é a minha intuição!” Bem, nesses nossos tempos tecnicistas e acadêmicos (e pensar que o modernismo data do final do século XIX!) penso que permitir aos atores que farão a Oficina despertar o melhor de suas intuições é um trabalho hercúleo! Os caminhos são os mais difíceis, cansativos e misteriosos, mas em cada homem ou mulher que se deseje artista, que sonhe ser um verdadeiro ator, indo para a cena significar e dar significado a cada gesto, a cada som, a cada silêncio, a cada olhar, a cada palavra dita, existe um sonhador capaz de realizar arte; aquela que tem como matéria prima o próprio corpo. É preciso determinação e força interior, é preciso obsessão pelo que parece inútil ou descartável. É preciso entender que o caminho é de concentração e desejo e que o conteúdo não é tão visível quanto parece. Eu tenho certeza de que faremos a melhor oficina das nossas vidas e que dela tiraremos o melhor de nós mesmos. E o melhor não é apenas o que desconhecemos ou está escondido; o melhor é a amplitude das nossas potencialidades e a invenção das novas. É, como disse um dia Alexander Lowen, encarar uma grande viagem transoceânica no convés, observando e vivendo cada segundo da paisagem!

SATYRICON DELÍRIO - Esquentando o caldeirão...!

Pois bem, começamos a esquentar a caldeira para uma nova aventura. Satyricon Delírio vem aí! Uma mistura de teatro, literatura e cinema! Acho que teremos 60 horas de um profundo mergulho em nossa sensibilidade escondida e aflorada. Afinal, somos corpos, somos espíritos e somos inteligência! Há um caminho para equilibrá-los todos e construir uma matéria profundamente teatral, um objeto vivo em cena e uma alma aberta às coisas da vida! É desta matéria que fazemos nossa arte teatral. E nosso corpo é absolutamente tudo! Começo, meio e fim! Então, coragem e determinação! Um bom começo.




“Quanto a mim, não me lavo todo dia. A água tem dentes, e consome nosso corpo dia a dia. Basta eu tomar um de vinho tinto com mel, e chamo o frio de verão. Aliás, nem que quisesse poderia tomar banho hoje, pois vim de um funeral. Bela pessoa, o falecido Chrysanthus, o que acaba de esticar as canelas. Ai, ai... Sabem o que somos? Uns odres cheios, valemos menos que moscas, que, pelo menos têm algumas qualidades. Nós, nós não passamos de lixo inútil.” – Satyricon - Petrônio
Fellini por Milo Manara

“Cinema-Verdade? Prefiro o Cinema-Mentira. A mentira é sempre mais interessante do que a verdade.” – Federico Fellini

 SATYRICON FELLINI no traço de Milo Manara

SATYRICON DELÍRIO - Com um pé na remontagem....!

Tem gente importante e  talentosa com um pé dentro da remontagem de SATYRICON DELÍRIO. 



"Pra que jogar fora
os bons momentos da vida,
se a vida nunca retorna? "
Petrônio - Satyricon

SATYRICON DELÍRIO... E Zé?



"Eu, felizmente, eu tenho ascendência índia, eu não tenho ascendência negra, mas eu me tornei negro porque eu aprendi a rebolar. Eu tenho muito orgulho de ter aprendido a rebolar...!" - Zé Celso Martinez Corréa no filme EVOÉ.

SATYRICON DELÍRIO - Um texto sobre o filme de Federico Fellini, de 1969

SATYRICON, o filme de Federico Fellini (1969  ), de um texto de Walter de Medeiros, da Universidade de Coimbra


Muitas definições se têm proposto do Fellini-Satyricon: a dolce vita na
Roma antiga; uma viagem aos infernos no tempo de Nero; um exercício de
poesia; uma fábula antiga sobre o nosso tempo; o filme (disse-o Ingmar Bergman)
que encerra uma época do cinema e que abre uma nova. Todas estas tentativas
contêm uma parcela de verdade; mas, para o nosso objetivo, serve uma
interpretação mais modesta (extraída de uma entrevista entre o cineasta e o
escritor Alberto Moravia): o Satyricon de Fellini é um filme fragmentário, como
fragmentário é o romance de Petrônio; mas é um filme onírico, um sonho sonhado
por Fellini, porque entre nós e a Antiguidade se interpôs o diafragma do
cristianismo. Fellini criou um mundo pré-cristão, onde há muita noite, muita
escuridão, muitas paisagens imersas em um sol dolente, muitas passagens angustas e angustiosas, muitas vestes sórdidas de dó e uma infinidade de
monstros e aleijões, um inferno sem intercadências de purgatório ou de paraíso.
E, no entanto, em duas ou três cenas, e sobretudo na final, uma luz de esperança
irradia sobre as trevas da avidez e do canibalismo.
Quando a faca dos caçadores de heranças se levanta para esquartejar o
cadáver de Eumolpo, a câmara desvia-se para o lume da praia, onde Encolpo,
com uma alegre revoada de jovens, se prepara para embarcar. Ε a sua voz de
fundo profere estas palavras:
«Com eles decidi partir. O navio transportava mercadorias
preciosas e escravos. Tocamos portos e cidades desconhecidas. Pela
primeira vez ouvia os nomes de Celíscia e de Réctis. Em uma ilha coberta
de ervas altas, de suave perfume, um adolescente grego me apareceu e
me narrou os anos...»
São novas aventuras que começam e novos sonhos que iluminam os
olhos deslumbrados. Depois, tudo se vai delindo e apagando na poeira dos
séculos. Fica apenas um fresco pompeiano, onde a face de Encolpo se confunde
com outras, anônimas e desconhecidas, que vivem o além.
Um além onde a esperança mora, porque o sol renasce todas as manhãs.
Um além onde o sorriso de Petrônio deixou de ser expectante, como a esfinge,

porque a sua hora chegou — e o ápice da glória.


SATYRICON DELÍRIO - CONFIRMADO!!! CONFIRMADO!!!

Ontem, após a simpatia da romã na Casa da Regina Vogue, fomos todos (Rosana Stavis, Damaceno, Chico Nogueira, Eduardo, Robysom e Johnny ao Café do Teatro para uma cervejinha, porque ninguém é de ferro e tínhamos muita coisa pra comemorar! Entre tantas, uma amizade de muitos anos e que permanece divertida e sincera. E algumas novas amizades que a romã e o começo do ano nos presenteiam! Pois aí encontramos lá o grande RANIERI GONZALEZ que veio para a mesa e então CONFIRMOU sua talentosa presença na remontagem de SATYRICON DELÍRIO!!! Pois então, vamos ao grande teatro de nossas vidas e aprender com ele as delícias da arte de interpretar! Viva!!!

“Que noite, deuses e deuses!
Que vida maluca! Pelas bocas em beijos,
Mil vezes trocamos nossas almas.
Adeus, angústias da Vida!
É assim que eu quero viver!”

Petrônio - Satyricon

Foto de Chico Nogueira

SATYRICON DELÍRIO - O gênio.....!!!!

Depois de grandes encontros no passado e uma Gralha Azul como ator por “Vermelho Sangue Amarelo Surdo”, um monólogo onde Van Gogh contava porque amava arte e pintura, RANIERI GONZALEZ está a um passo de participar da remontagem de SATYRICON DELÍRIO. Em alguns dias isso será uma realidade e nosso processo vai ser um choque cultural! Vivaaaaaa!!!!!

SATYRICON DELÍRIO - OFICINA AUDIÇÃO PARA “SATYRICON DELÍRIO” E OUTRAS LOUCURAS/PESQUISAS ARTÍSTICAS! 60 horas de muito teatro!!!


 01. Data da oficina: De 03 a 21 de fevereiro de 2014.
02. Tempo de duração: de segunda-feira à sexta-feira, em dois horários a escolher: das 13h30 às 17h30 ou 19h às 23h.
03. Local: Casa do Damaceno – Rua 13 de Maio 991 – Curitiba. Pr.
04: Total de horas da oficina: 60 horas.
05: Conteúdo programático da Oficina I (Satyricon Delírio): Como se trata de oficina audição, todos os exercícios, experimentações e pesquisas serão direcionados para o espetáculo. A oficina envolve teoria e prática. A literatura de Petronio e suas traduções, o teatro da espontaneidade, pontos de energia, (des) construção da dramaturgia e do personagem, conceitos de concentração, presença, ritmo, dramaturgia da interpretação, voz e sensibilidade. O corpo como reflexo do ator em sua integridade. Tempo e espaço interferindo na presença cênica. Pontos de concentração e as quatro âncoras da atitude cênica: o ator, o ator e o outro, o ator e o espetáculo, o ator e o público. A verdade cênica e os conceitos contemporâneos de fé cênica e memória emotiva. O ator livre, artista, cidadão e criador.
06. Da oficina serão escolhidos 10 (dez) atores para participar da remontagem do espetáculo SATYRICON DELÍRIO.
07. Aos atores que não forem escolhidos, se quiserem aprofundar o aprendizado e a pesquisa da oficina, haverá uma continuidade (Oficina II: Investigação Sobre o Teatro) por mais três meses (março, abril e maio) para a encenação de um novo espetáculo para o mês de Junho de 2014, com dramaturgia sendo desenvolvida dentro da própria oficina. Esta segunda fase contará com 48 (quarenta e oito) horas mensais distribuídas em 03 (três) encontros semanais de 04 (quatro) horas cada. No total a Oficina II contará com 144 (cento e quarenta e quatro horas) e todos os participantes farão parte do novo espetáculo.
08. Os participantes da oficina terão que ser necessariamente maiores de 18 (anos) e não precisam ter DRT, mas devem ter conhecimentos e alguma experiência prévia com as Artes Cênicas.
09. Preço da Oficina I: R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais) com pagamento entre os dias 06 e 17 de janeiro; e R$ 300,00 (trezentos reais) com pagamento entre os dias 18 de janeiro e 02 de fevereiro.
10. As mensalidades da Oficina II serão acertadas ao final da Oficina I.
10. As inscrições deverão ser feitas no e-mail – grupodelirio_producao@hotmail.com.br
– informando:
a. Nome -
b. RG -
c. Data de nascimento -
d. Período que está interessado(a) em participar da oficina -

11. Maiores informações pelos telefones (41) 84068187 e (41) 96931776.

SATYRICON DELÍRIO – A coreógrafa!!!

Minha amiga Carmem Jorge, um dos maiores nomes da dança e do teatro contemporâneos da nossa terra e, sem dúvida do Brasil, entra para a equipe da remontagem de “Satyricon Delírio”! Queimaremos muitas calorias e vamos preencher o espaço de energia e arte com os poderes da Carmem! Vamos lá!

SATYRICON DELÍRIO – O Damo!

O grande Zeca Cenovicz também confirmou sua participação na remontagem de SATYRICON DELÍRIO. Eu e o Zeca temos uma longa história de altas colaborações. Fizemos juntos “Lágrimas Puras em Olhos Pornográficos” em 2001 e “Laranja Mecânica” em 2008 em dois momentos que foram simplesmente mágicos! A energia anárquica do grande Zeca Cenovicz vai colocar o novo Satyricon Delírio de pernas pro ar!


“E fiquem sabendo, esta região em que vivemos está tão cheia de divindades poderosas que aqui é mais fácil encontrar um deus do que encontrar um homem.” – Petrônio/Satyricon

SATYRICON DELÍRIO – A Dama!

Minha querida Regina Vogue já confirmou sua participação na remontagem de SATYRICON DELÍRIO. É claro que outras feras do teatro curitibano já confirmaram suas participações, mas vou revelando os nomes em doses homeopáticas!

“Vem comigo, vem comigo,
Vocês que gozam pelos cinco sentidos,
Pezinho pra frente, bundinha pra trás,
Delírios e delícias orientais.”

Petrônio - Satyricon

GRUPO DELÍRIO 2014!!! Uma nova aventura dionisíaca!!!


É um novo ano e 2014 será um pouco diferente para o Grupo Delírio... Diferente em termos práticos, porém tão (ou mais) intenso em termos artísticos quanto tem sido nos últimos 30 anos de nossa aventura pelos palcos do Brasil. 2013 foi lindo! Encenamos LOUCOS DE PEDRA que fez uma bela temporada em Curitiba e viajou para apresentações e festivais e colecionou emoções e surpresas. Encenamos COQUETEL OVERDOSE uma aventura desesperada e maluca pela literatura de Charles Bukowski e de onde saiu um dos trabalhos mais intensos e profundos de nossa história. Ao final, pra fechar o ano, ganhamos 03 (três) Troféus Gralha Azul (Melhor Sonoplastia – Moa Leal; Melhor Ator Coadjuvante – Evandro Santiago e Melhor Ator – Guilherme Fernandes) o que nos encheu de orgulho e nos deu mais certeza ainda de termos feito um espetáculo poderoso e comprometido. Vivas a 2013! E pra começar, em 2014 vamos remontar SATYRICON DELÍRIO numa montagem com novas experiências, novas pesquisas, novas buscas e novos encontros. Faremos uma temporada em abril/maio em Curitiba e depois 03 (três) festivais importantíssimos e tudo o que mais o destino nos oferecer. Para isso vamos organizar uma Super Oficina onde escolheremos 10 (dez) novos atores para integrar o elenco e ainda uma outra Oficina Integrada para um novo espetáculo tão anárquico, artístico e filho da loucura quanto Satyricon e que deverá estrear em Junho! É apenas um começo porque estamos no dia 03 de janeiro. Todos os grandes sonhos começam pelas ideias! Na segunda-feira, dia 06 vamos anunciar os detalhes para as Oficinas e para a remontagem de SATYRICON DELÍRIO... E quem estiver interessado em participar, venha que não vai se arrepender!