"O meu país é a utopia. Um mapa do mundo que não compreenda o país da Utopia não merece nem mesmo um olhar, pois ignora o único país ao qual a humanidade continuamente chega. E quando a humanidade lá atraca, fica alerta, e levanta novamente as âncoras ao vislumbrar uma terra melhor."- Oscar Wilde

SATYRICON DELÍRIO - Algumas coisas sobre a última apresentação no Festival de Curitiba e a autora italiana....



Fizemos hoje a última apresentação de SATYRICON DELÍRIO no Festival de Curitiba. Foi um belíssimo espetáculo, com teatro lotado e grandes emoções! Aliás, foi uma belíssima sequência de apresentações e, teatrais, na verdadeira acepção da palavra. Teatrais, com tudo o que acompanha esta expressão. Não é fácil encarar um Fringe com suas limitações e as brincadeiras do destino. Mas como diz Ascilto no meio da peça: “Sendo toda a nossa fraqueza atribuída à influência divina... Ótima escapatória pra qualquer um, responsabilizar os deuses por sua natureza de bode.” – Bem, daqui pra frente vamos pensar na evolução do espetáculo e no seu significado. Tanta coisa aconteceu. Inclusive na estreia onde foi assistir, uma autora italiana (imagino que seja Letizia Russo, autora de “Tumba de Cães”) e que, segundo alguns atores, detonou o espetáculo, falando cobras e lagartos. Eu imagino que ela nem leu (como nem poderia), por exemplo, a tradução do Leminski para o clássico de Petrônio. Mas também, isso não é o mais importante! Porque se ela não gostou, PROBLEMA DELA! Fato é que esta reação provocou uma certa desestabilização de setores do elenco. Então que eu, nesses casos, sempre penso o seguinte. Quando uma pessoa como a tal autora dá as caras eu raciocino, das duas uma: ou eu sou um completo ignorante e não sei quem é ela, ou ela não é coisíssimas nenhuma, porque se fosse alguma coisa eu saberia quem é ela. Mas aí alguns atores dizem que devemos levar ela a sério porque ela é “uma autora importante da Itália”. Ótimo, penso eu!  Então porque está trabalhando comigo? Vai trabalhar com ela! Claro,se ela quiser! Assim como alguns atores que acham que fazer teatro é seguir uma fórmula careta que tem duas ou três regras. Vão morrer beijando o pé dos outros na esperança de ser, pelo menos, a sombra de pessoas que, de verdade, são importantes! Enfim, quem aproveitou o prazer que foi “Satyricon Delírio”, muito bem! Quem, com seu medo cagão e sua insegurança de quem tem medo até da própria sombra e prefere viver num lugar confortável onde todo mundo fica dizendo que você é bonitinho porque faz um espetáculo bonitinho, deve mesmo dormir na cama arrumada pela mamãe e nunca, mas nunca mesmo, vai sonhar o sonho impossível. E depois não sabe porque dá um passo pra frente e dois pra trás! Pra encerrar, SATYRICON DELÍRIO foi maravilhoso. Trinta por cento da plateia nunca gosta mesmo, como não gosta nem do romance do Petrônio, nem da tradução do Leminski que acham vulgar, simplista e baixa. Coisas de curitibano com complexo de inferioridade! E parabéns ao elenco que não tem medo de ser feliz e não faz teatro para receber tapinha na bunda! E.... RALA SUA MANDADA!!!







Nenhum comentário:

Postar um comentário