Em homenagem aos tatuados da
Oficina I – Satyricon Delírio, uma apropriação da música de Chico Buarque de
Holanda, “Tatuagem”
Quero grudar no teu corpo
Feito tatuagem
Que é pra te dar coragem
Pra seguir viagem
Quando a noite vem
E também pra me perpetuar
Em tua alma
Que você pega, esfrega
E não se acalma
Quero brincar no seu corpo
Feito bailarina
Que logo te alucina
Salta e se ilumina
Quando a noite vem
E nos músculos exaustos
Do teu braço
Repousar frouxo, farto,
Louco, morto de cansaço
Quero pesar feito cruz
Nas tuas costas
Que te retalha em postas
Mas no fundo gostas
Quando a noite vem
Quero ser a cicatriz
Risonha e corrosiva
Marcada a frio
Ferro e fogo
Em carne viva
Corações de sonhos, tesões,
Loucuras e vertentes
Que te arrebatam
O corpo todo
E tudo sentes.
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