Quando Baco inventou a uva e dela gerou a água que passarinho não bebe,
sabia que a vida passa mesmo é pela pele, pela língua e pelos olhos; e que tudo
que é invisível ou é ilusão ou é invenção. Os deuses amam as carnes! Toda noite
quando eu ofereço o meu corpo para Cupido e Vênus, peço que façam comigo o que
bem entenderem. Que me usem e façam do meu corpo, carnaval! Que o que eu queria
mesmo era ser um semideus híbrido, macho, fêmea, com mil cus, mil caralhos, mil
bucetas e mil bocas. Eu, inteiro, um desfile de Escola de Samba!
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