O Verdadeiro sentido da liberdade que o Teatro pode proporcionar… (Parte
2)
"Eu não te prometi que você ia ser mais feliz, mas
sim que você ia sentir mais.” - Wilhelm Reich
Estreia de SATYRICON DELÍRIO no Festival de Curitiba/2012 - Belo momento...!
Bendito aquele que deixa de ser ele mesmo quando faz teatro, que se
permite o nada, que se entrega ao que realmente é perigoso e que faz da
generosidade qualquer das relações que o palco peça; porque será um agente da
transformação. Um sucessor de Artaud, Brecht, Shakespeare, Lorca, Tchecov e
tantos outros. E receberá o vento como herança. Porque é no vento que se vive a
liberdade. Claro, para quem a almeja. A extensa humanidade ama a prisão e o
medo; e é por isso que a cada dia surge um novo fascista ou ditador subindo nos
palanques e fazendo dela, a humanidade, um cordeirinho mimado, mudo, bem alimentado
e inútil. Temos medo da liberdade e é por isso que matamos nossos amigos e
mimamos nossos inimigos; é por isso que deitamos por terra as melhores ideias e
transformamos beleza em perversão. Já se disse que temos todos um lobo e um cão
dentro de nós e, quem deles prevalece? Aquele que alimentamos. Felizes aqueles
que tiram das maiores experiências, as maiores alegrias e percebem que a
transformação é a alegria; e iludidos e infelizes aqueles que, das grandes
experiências, levam como herança a frustração e o nada, porque o nosso Zé
Ninguém tenta sempre reduzir tudo ao mínimo denominador comum. Fica aqui o
pensamento do grande Fernando Pessoa, como uma reflexão que, obviamente, só
serve aos livres. Os egocêntricos vão lê-la e abrir um sorriso sarcástico no canto
da boca. Como disse Reich, “o sarcasmo dos escravos”: "A decadência é a perda total da inconsciência; porque a inconsciência é o fundamento da vida. O coração, se pudesse pensar, pararia. - "Livro do Desassossego".
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